CCDCAM NO ESTRELA XTREME TRIATHLON

CCDCAM NO ESTRELA XTREME TRIATHLON

 

 

Decorreu no dia 13 de Setembro de 2025 o Estrela Xtreme Triathlon® - Half que tem um figurino que engoba 2lms de natação, 105kms de ciclismos e 21 kms de corrida, tudo realizado na Serra da Estrela.

O CCDCAM foi representado brilhantemente pelo David Almeida que concluiu mais um exigente desafio num dos Triatlos mais duros que existem em Portugal em 9h18 com 43minutos na natação, 5h33 no ciclismo e 2h58 minutos na corrida,  ficando em 42º da geral e 19º no seu escalão.

A natação é realizada na barragem do Vale do Rossim, a cerca de 1500m metros de altitude, o ciclismo de 105kms é muito desafiante porque é sempre sobe e desce com uma altimetria de 2.600m e a corrida  de 21 kms com, 900m de desnível

O testemunho do David:

“Pouco tempo depois de ter descoberto o triatlo, tive conhecimento que existe umas versões mais "intensas", praticadas em países remotos e em condições meteorológicas mais adversas do que se possa imaginar, despertando o interesse a qualquer pessoa que se gosta de desafiar, não sendo ainda assim, acessível a todos. Por cá, temos um desafio semelhante: O Estrela Extreme Triathlon, trata-se de uma prova de triatlo, semelhante às restantes, acrescendo o facto de se realizar em altitude, na Serra da Estrela, e com um desnível acumulado significativo.

Participei na distância Half, que consistia em nadar 2km, segmento realizado na lagoa do Vale do Rossim, 105 km de bicicleta, que inclui uma subida ao ponto mais alto de Portugal continental, e por fim 21km de corrida em trilho, no Vale Glaciar do Zêzere.

A distância já me era familiar, e por essa razão, aliada também ao facto de ter de voltar a treinar sozinho depois de participar no Ironman em Outubro último, a motivação não era muita.....ainda assim privilegiado por viver no sopé da serra do Montejunto com 666 m de altitude, fiz dela o meu local de treino, com excepção para os treinos de natação em piscina e em águas abertas durante o verão, subir e descer o Montejunto a correr ou de bicicleta, foi em grande parte o meu treino para este desafio.

O dia da prova amanheceu com temperaturas aceitáveis a 1450m de altitude, mas com uma pequena brisa que fazia a sensação térmica descer para 4 ou 5 graus centígrados e qualquer tentativa de aquecimento saia frustrada, mesmo com o fato de neopreno vestido. Depois de escutar um pequeno briefing e de aguardar a saída da água dos últimos atletas da distância Full, iniciamos a natação. A água, com temperatura superior à do exterior tornou o segmento bastante agradável, foi tão agradável, que com os óculos já embaçados, não vi a última boia e ainda fiz mais 200m do que o previsto....ainda assim com um tempo razoável.

A transição para a bicicleta correu sem sobressaltos, equipando-me de forma a enfrentar uma descida de 14km até Manteigas bastante fria, algo que logo depois se resolveria com uma subida de 21km e média de 6% de inclinação até à Torre. O segmento de bicicleta acabaria por ser muito isto, um sobe e desce constante onde o vento em alguns locais da serra se fazia sentir forte e por essa razão também não ajudava. Más decisões de nutrição provocaram algumas dores de estômago obrigando-me abrandar o ritmo num segmento por si só bastante duro, apenas as paisagens de uma beleza incrível e a minha família que estrategicamente se colocaram num local de abastecimento me, deram força para continuar!

Depois de 5h a pedalar, cheguei então ao Parque da Várzea em Manteigas, onde estava montada a meta e o parque “T2” de transição para a corrida, fui, uma vez mais, eficiente na transição, tentando demorar apenas o suficiente para me hidratar e levar o material de segurança obrigatório neste tipo de prova.

Iniciei a corrida, para minha surpresa, com muito boas sensações, recuperando alguns lugares. Por esta altura o relógio já marcava duas da tarde e o calor no vale já se fazia sentir! Consegui gerir muito bem a corrida, recuperando o estomago, depois de piores estratégias de nutrição que tomei no segmento de bicicleta, e em cerca de 1h30m  tinha concluído 10km e os cerca de 1000 metros de desnível acumulado deste segmento, a partir daqui seriam mais 10 km sempre a descer, novamente até ao Parque da Várzea.

O Estrela Extreme Triathlon foi uma verdadeira lição de humildade, um desafio completamente diferente dos que tenho participado, onde a resistência física e mental são novamente colocadas à prova, desta vez pela imponência da “Estrela”, muito desnível e amplitudes térmicas elevadas, paisagens que tanto nos tiram o fôlego pelo esforço como nos devolvem pela sua enorme beleza. A Serra da Estrela impõe respeito, não apenas pela altitude ou dureza, mas pela crueza com que revela os nossos limites.

 

"Valeu por isso todo o esforço, não apenas por cruzar uma meta, mas sim por transpor mais uma barreira pessoal.”

Veja a noticia e o testemunho completo em Ficheiros.


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